segunda-feira, 7 de julho de 2008

Globais?

A globalização que começou nas Grandes Navegações alcançou todos os países que fazem parte da esfera capitalista e administram as relações comerciais no mundo. Tentam administrar um capital exorbitante e invisível que pode acabar com a economia de um país em desenvolvimento, quando este, passa a ser visto pelo resto do mundo como um País de risco para investimentos. Somos lesados pela falta de um dinheiro que nem existe.

Vive-se da cultura do efêmero, onde até a moda é passageira, mas é na maioria das vezes resgatada, o modo de vestir é regatado, como se isto fosse um resgate do modo de viver das pessoas que viveram em outros tempos. Podemos afirmar, que a informação é sempre nova, se para cada um, ela traz um sentido diferente. A questão passa a ficar complicada por causa do grande volume informacional produzido atualmente. E pensar que um dia ele pode ser condensado em uma Enciclopédia, e hoje, é mudado a cada segundo e a nossa capacidade de absorção é a mesma e conseqüentemente o nosso tempo também para acompanhar estas mudanças.

Na sociedade de consumo em que vivemos, hoje, acredita-se que ser cidadão é poder consumir todos os produtos que são oferecidos. É usar o capital na compra de bens simbólico, um capital que ele vendeu a sua força de trabalho para conseguir, ganhando menos do que realmente vale e gerando lucros para o empregador. Realmente é irônico ser cidadão por este ponto de vista, pois se trabalha para se ter capital e é aplicado no capitalismo novamente. É acreditar também que se exerce somente a cidadania no dia em que se vota. É esquecer que cidadania é muito mais do que isto. É ter participação coletiva nos espaços públicos em que convivemos. É lembrar da música: "... a gente quer ter voz ativa e no nosso destino mandar
[1]".

Campanhas publicitárias já anunciaram que somos "cidadãos do mundo". É um modo de resgatar situações que só eram imaginadas na literatura. Mas é só não nos esquecermos que antes de estarmos inseridos no mundo, somos um cidadão local, inserido com a nossa cultura, o nosso modus vivendi, o nosso grupo de convívio, o nosso pertencimento. Onde assim espera-se que indivíduos exerçam a sua cidadania.

[1] Música Roda Viva-1967 de Chico Buarque

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