Aos 86, rádio explora era digital
Hoje se comemora o "Dia Nacional do Rádio" no Brasil. Lá se vão 86 anos desde a primeira transmissão radiofônica, realizada em 22 de setembro de 1922, para divulgar a Independência brasileira. O dia 25 de setembro foi escolhido em homenagem ao fundador do meio no país: Edgar Roquette Pinto, cujo nascimento se dá na mesma data.Do alto da maturidade de quem já viveu tantos anos, o rádio festeja aniversário em pleno ambiente digital. Longe dos parcos recursos com os quais se realizou a transmissão pioneira, a nova era traz conceitos como rádio online, digital, móvel, e podcasts (áudio transmitido pela internet).
Mas o processo de evolução não foi rápido assim. Antes do digital, o rádio teve de enfrentar previsões apocalípticas que questionavam sua capacidade de sobrevivência frente ao lançamento da TV, em 1950. O simples fato de completar 86 anos é a prova de, pelo menoos em termos de comunicação, previsões deste tipo não costumam acertar em cheio.A Web revoluciona.
Décadas seguintes, a chegada da internet concretizou o panorama digital, já antes rascunhado. Termos como "convergência de mídias", "integração" e "interatividade" preencheram o vocabulário daqueles que consomem e lidam com comunicação. E a exemplo da época em que a TV foi a grande novidade, o rádio se mostra adaptado para fisgar atenção do ouvinte cada vez mais multimídia e atarefado.
A programação por satélite é um dos exemplos. Permite variedade de conteúdo e maior alcance das estações. Mais de 100 canais podem ser sintonizados mediante pagamento de taxa mensal e o ouvinte pode se libertar de comerciais indesejados . Nos EUA, o modelo existe desde 2001 e o mercado é dominado por duas emissoras: XM Radio e Sirius."A digitalização ainda vai avançar muito no Brasil e no resto do mundo e é importante saber aproveitar a internet nesta nova fase, diz Paulo Mai, publicitário e radialista há 32 anos e apresentador do programa Jazz Masters, da rádio Eldorado.Para ele, o desafio desta nova fase é agregar cada vez mais conteúdo para o ouvinte. "Não poder apenas mais uma fonte ou um simples tocador de música. Ser humano quer ouvir ser humano e o rádio devecontinuar sendo o parceiro de sempre", declara. Nesta linha, o conteúdo personalizado tem sido uma das apostas. De três anos para cá, anunciantes têm gostado da idéia de misturar marca à programação na busca por serviço diferenciada. Oi FM, Mistubihi FM e SulAmérica Trânsito são exemplos recorrentes. "É uma rádio como outra qualquer e o conteúdo customizado é um caminho sem volta”, afirmava o sócio e vice-presidente da Africa, Luiz Fernando Vieira, ao lançar campanha para a Mitsubishi.
Entretanto, segundo Mai, os investimentos na digitalização do meio ainda são insuficientes. Ele considera que as emissoras devem se concentrar mais nas possibilidades digitais. "As rádios precisam apostar para produzir mais e melhor".
Marcelo Gripa - Adnews
Hoje se comemora o "Dia Nacional do Rádio" no Brasil. Lá se vão 86 anos desde a primeira transmissão radiofônica, realizada em 22 de setembro de 1922, para divulgar a Independência brasileira. O dia 25 de setembro foi escolhido em homenagem ao fundador do meio no país: Edgar Roquette Pinto, cujo nascimento se dá na mesma data.Do alto da maturidade de quem já viveu tantos anos, o rádio festeja aniversário em pleno ambiente digital. Longe dos parcos recursos com os quais se realizou a transmissão pioneira, a nova era traz conceitos como rádio online, digital, móvel, e podcasts (áudio transmitido pela internet).
Mas o processo de evolução não foi rápido assim. Antes do digital, o rádio teve de enfrentar previsões apocalípticas que questionavam sua capacidade de sobrevivência frente ao lançamento da TV, em 1950. O simples fato de completar 86 anos é a prova de, pelo menoos em termos de comunicação, previsões deste tipo não costumam acertar em cheio.A Web revoluciona.
Décadas seguintes, a chegada da internet concretizou o panorama digital, já antes rascunhado. Termos como "convergência de mídias", "integração" e "interatividade" preencheram o vocabulário daqueles que consomem e lidam com comunicação. E a exemplo da época em que a TV foi a grande novidade, o rádio se mostra adaptado para fisgar atenção do ouvinte cada vez mais multimídia e atarefado.
A programação por satélite é um dos exemplos. Permite variedade de conteúdo e maior alcance das estações. Mais de 100 canais podem ser sintonizados mediante pagamento de taxa mensal e o ouvinte pode se libertar de comerciais indesejados . Nos EUA, o modelo existe desde 2001 e o mercado é dominado por duas emissoras: XM Radio e Sirius."A digitalização ainda vai avançar muito no Brasil e no resto do mundo e é importante saber aproveitar a internet nesta nova fase, diz Paulo Mai, publicitário e radialista há 32 anos e apresentador do programa Jazz Masters, da rádio Eldorado.Para ele, o desafio desta nova fase é agregar cada vez mais conteúdo para o ouvinte. "Não poder apenas mais uma fonte ou um simples tocador de música. Ser humano quer ouvir ser humano e o rádio devecontinuar sendo o parceiro de sempre", declara. Nesta linha, o conteúdo personalizado tem sido uma das apostas. De três anos para cá, anunciantes têm gostado da idéia de misturar marca à programação na busca por serviço diferenciada. Oi FM, Mistubihi FM e SulAmérica Trânsito são exemplos recorrentes. "É uma rádio como outra qualquer e o conteúdo customizado é um caminho sem volta”, afirmava o sócio e vice-presidente da Africa, Luiz Fernando Vieira, ao lançar campanha para a Mitsubishi.
Entretanto, segundo Mai, os investimentos na digitalização do meio ainda são insuficientes. Ele considera que as emissoras devem se concentrar mais nas possibilidades digitais. "As rádios precisam apostar para produzir mais e melhor".
Marcelo Gripa - Adnews
Nenhum comentário:
Postar um comentário