Somado ao arquivo jornalístico da Bloch (alguns milhares de caixas de papelão com coleções completas das próprias revistas e também de outros veículos de comunicação, dispostas em ordem alfabética), o material é avaliado em R$ 2 milhões, e deve despertar a cobiça de empresas de comunicação, de instituições voltadas à preservação da memória e à pesquisa e de bibliotecas. Os organizadores do leilão já foram contactados por interessados (eles preferem não dizer quem são).
Em estado de conservação "regular", conforme o relatório de avaliação feito pelo escritório do leiloeiro Fernando Braga, o patrimônio se encontra abrigado desde 2006 num galpão de 1.500 metros quadrados em Água Grande, zona norte do Rio, uma área onde já funcionou uma gráfica e na qual agora a grama é alta. O funcionário da guarita ainda veste a capa de chuva com o M do logotipo da TV Manchete, mas nada ali lembra os bons anos do império construído por Adolpho Bloch.
O arquivo tem fotos publicadas na Amiga, Desfile, Sétimo Céu, Geográfica Universal e Pais & Filhos, além das sobras, que não chegaram às revistas. As mais expressivas foram publicadas na Manchete - entre registros do casamento de Ronaldo Bôscoli e Elis Regina, a guerra do Vietnã, o dia a dia da então Miss Brasil Vera Fischer, a volta de Chico Buarque e Marieta Severo do exílio na Itália, a demarcação da Amazônia, a deposição de Jango. Numa outra área, veem-se umas poucas máquinas de escrever e telefones antigos, usados há décadas pelos funcionários.
Fonte: As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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