terça-feira, 10 de agosto de 2010

O eterno fim do livro

Humberto Eco: "O desaparecimento do livro é uma obsessão de
jornalistas, que me perguntam isso há 15 anos. Mesmo eu tendo escrito
um artigo sobre o tema, continua o questionamento. O livro, para mim,
é como uma colher, um machado, uma tesoura, esse tipo de objeto que,
uma vez inventado, não muda jamais. Continua o mesmo e é difícil de
ser substituído. O livro ainda é o meio mais fácil de transportar
informação. Os eletrônicos chegaram, mas percebemos que sua vida útil
não passa de dez anos. Afinal, ciência significa fazer novas
experiências. Assim, quem poderia afirmar, anos atrás, que não
teríamos hoje computadores capazes de ler os antigos disquetes? E que,
ao contrário, temos livros que sobrevivem há mais de cinco séculos?
Conversei recentemente com o diretor da Biblioteca Nacional de Paris,
que me disse ter escaneado praticamente todo o seu acervo, mas manteve
o original em papel, como medida de segurança."

Veja a entrevista completa em:
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=581AZL001

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