sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
A arte de Amar
A Arte de Amar, de Erich Fromm
O amor não é, primacialmente, uma relação para com uma pessoa específica; é uma atitude, uma orientação de caráter, que determina a relação de alguém para com o mundo como um todo, e não para com um “objeto” de amor. Se uma pessoa ama apenas a uma outra pessoa e é indiferente ao resto dos seus semelhantes, seu amor não é amor, mas um afeto simbiótico, ou um egoísmo ampliado. Contudo, a maioria crê que o amor é constituido pelo objeto e não pela faculdade. De fato, acredita-se mesmo que a prova da intensidade do amor está em não amar ninguém além da pessoa “amada”. Este o mesmo equívoco de que acima já falamos. Por não se ver que o amor é uma atividade, uma força da alma, acredita-se-que tudo quanto é necessário encontrar é o objeto certo – e tudo o mais irá depois por si. Tal atitude pode ser comparada à de alguém que queira pintar mas, em vez de aprender a arte proclama que lhe basta esperar pelo objeto certo, passando a pintá-lo belamente quando o encontrar. Se verdadeiramente amo alguém, então amo a todos, amo o mundo, amo a vida. Se posso dizer a outrem “Eu te amo”, devo ser capaz de dizer: “Amo em ti a todos, através de ti amo o mundo, amo-me a mim mesmo em ti”.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Tags
- Aforismos (20)
- Arquivologia (5)
- Artes Plásticas (11)
- Autores (30)
- Bibliofilia (13)
- Biblioteca (39)
- Cartas (1)
- Cartuns (6)
- Cinema (15)
- Cultura (2)
- Dança (2)
- Design (5)
- Escrita (3)
- Fotografia (9)
- História (9)
- Iluminuras (2)
- Impermanências da Permanência (14)
- Imprensa (8)
- Literatura (71)
- Memória (4)
- Minha Autoria (5)
- Museologia (3)
- Música (23)
- Objetos de Desejo (2)
- Poesia (15)
- Religião (4)
- Tecnologia (16)
- Viagens (5)
Nenhum comentário:
Postar um comentário