segunda-feira, 30 de junho de 2008
O Tempo certo das coisas...
sábado, 28 de junho de 2008
sexta-feira, 27 de junho de 2008
Centenário de Guimarães Rosa
quinta-feira, 26 de junho de 2008
Aforismos
Google de bolso?

O Gphone, aparelho portátil desenvolvido nos moldes do iPhone e também desenvolvido pela Google, não será mais lançado no início do segundo semestre, como a empresa havia anunciado. A novidade deve chegar no mercado nos meados de dezembro, segundo o portal Times Online. O novo aparelho possui um sistema operacional batizado de Android e o Google espera aumentar sua receita com publicidade na internet, já que com o Gphone os usuários acessarão a rede via telefone.
Redação Adnews
Músico ignorado na rua
A conclusão: estamos acostumados a dar valor às coisas quando estão num contexto. Bell era uma obra de arte sem moldura. Um artefato de luxo sem etiqueta de grife.
O vídeo da apresentação no metrô está no You Tube:
http://www.youtube.com/watch?v=hnOPu0_YWhw
terça-feira, 24 de junho de 2008
domingo, 22 de junho de 2008
O tal do Bookcrossing

quinta-feira, 19 de junho de 2008
O Mundaneum, do bibliotecário, Paulo Otlet, visionário da Internet
MONS, Bélgica - Em uma tarde de segunda-feira nublada, essa cidade medieval parece um local esquecido. Além da catedral gótica obrigatória, não há muito para ver aqui, exceto um pequeno museu de fachada de pedra chamado Mundaneum, escondido em uma rua estreita em um dos cantos da cidade. Parece uma casa apropriadamente antiga para o legado de um dos pioneiros perdidos da tecnologia: Paul Otlet.
Em 1934, Otlet fez planos para uma rede global de computadores (ou "telescópios elétricos", como ele os chamava) que possibilitaria que pessoas buscassem por milhões de documentos interligados, imagens, áudios e arquivos de vídeo. Ele descreveu como as pessoas usariam os dispositivos para mandar mensagens, compartilhar arquivos e até formar redes sociais online. Ele chamou a coisa toda de "reseau", que pode ser traduzido como rede ou web.
Historiadores normalmente traçam as origens da World Wide Web (w.w.w., ou internet) através de uma linhagem de inventores anglo-americanos como Vannevar Bush, Doug Engelbart and Ted Nelson. Entretanto, mais de meio século antes de Tim Berners-Lee lançar o primeiro navegador de internet em 1991, Otlet descreveu um mundo conectado onde "qualquer um em sua cadeira seria capaz de contemplar toda criação."
Embora a protoweb de Otlet se baseassem em uma junção de tecnologias analógicas, como cartões de indexação e máquinas de telegrafia, ela antecipou, de qualquer forma, a estrutura "hiperlinkada" da web de hoje.
"Essa foi uma versão Steampunk do hipertexto", disse Kevin Kelly, ex editor da Wired, que está escrevendo um livro sobre o futuro da tecnologia.
A versão de Otlet dependia da idéia de uma máquina que juntasse os documentos usando links simbólicos. Embora essa noção pareça óbvia hoje em dia, em 1934 ela marcou um grande avanço conceitual. "O hiperlink é uma das invenções menos valorizadas do século passado", disse Kelly. "Ela vai se juntar ao rádio, no panteão das grandes invenções."
Hoje em dia, Otlet e seu trabalho foram largamente esquecidos, até mesmo em sua terra nativa, a Bélgica. Embora Otlet tenha tido fama considerável durante sua vida, seu legado caiu vítima de uma série de acontecimentos históricos - entre os quais, a invasão nazista ao país, que destruiu boa parte do trabalho de sua vida.
Mas em anos recentes, um pequeno grupo de pesquisadores começou a recuperar a reputação de Otlet, republicando parte de seus escritos e angariando fundos para estabelecer o museu e arquivo em Mons.
Os curadores do museu Mundaneum, que celebra seu décimo aniversário na quinta-feira, 19, planejam publicar parte da coleção original na web moderna. Essa comemoração não vai ser só uma reivindicação póstuma por Otlet, mas também vai providenciar uma oportunidade de fazer uma reavaliação de seu lugar na história da web. Foi o Mundaneum apenas uma curiosidade histórica - um caminho tecnológico não seguido - ou sua visão pode fornecer esclarecimentos sobre a web como a conhecemos?
Em 1895, Otley conheceu um futuro ganhador do Nobel com quem tinha muito em comum: Henri La Fontaine, que se juntou a ele no plano de criar uma grande bibliografia de todo o conhecimento publicado no mundo.
Para 1895, tal projeto marcou um ato de arrogância intelectual colossal. Os dois homens começaram a coletar dados de todos os livros já publicados, juntamente com uma vasta coleção de revistas e artigos de jornal, fotografias, pôsteres e todo tipo de texto perecível - como panfletos - que as bibliotecas normalmente ignoram. Usando cartões de índice de 7 por 12 centímetros (o que havia de mais avançado na tecnologia de armazenamento), eles criaram um vasto banco de dados com mais de 12 milhões de entradas individuais.
Otlet e LaFontaine procuraram apoio para seu projeto com o governo belga, propondo a construção de uma "cidade do conhecimento", que aumentaria as chances do país se tornar sede da Liga das Nações. O governo forneceu espaço em um prédio público para o projeto, onde Otlet expandiu a operação. Ele contratou mais gente e estabeleceu um serviço de pesquisa pago que permitia que qualquer pessoa, em qualquer lugar do mundo, mandasse uma busca por correio ou telégrafo - algo como um mecanismo de busca atual. Pedidos chegaram de todo o mundo, mais de 1.500 por ano, sobre diversos tópicos, de bumerangues às finanças da Bulgária.
Com a evolução do Mundaneum, ele começou a sobrecarregar o espaço com o enorme volume de papel. Otlet começou a buscar por idéias de novas tecnologias para o manejamento da sobrecarga de informação. Em um certo ponto, ele sugeriu uma espécie de computador de papel, manipulado com rodas e raios que moveriam os documentos na superfície de uma mesa. Eventualmente, entretanto, Otlet chegou à resposta final, que envolvia descartar todo papel.
Como não existia algo como armazenamento de dados eletrônicos em 1920, Otlet tinha que inventar a resposta. Ele começou a escrever diversos documentos sobre a possibilidade do armazenamento eletrônico, culminando com o livro de 1934, Monde, no qual ele expôs sua visão de um "cérebro mecânico coletivo" que abrigasse toda a informação do mundo, acessível instantaneamente em uma rede global de informação.
Tragicamente, bem quando a visão de Otlet começou a se cristalizar, o Mundaneum entrou em uma fase difícil. Em 1934, o governo belga perdeu o interesse no projeto, após a oferta de o país para ser sede da Liga das Nações ser recusada. Otlet teve que mover o arquivo para um local menor e, após dificuldades financeiras, teve que fechá-lo ao público.
Um bom número de funcionários continuou trabalhando no projeto, mas o sonho terminou quando o nazistas marcharam pela Bélgica em 1939. Os alemães esvaziaram o local original do Mundaneum para dar espaço para uma exibição de arte do Terceiro Reich, destruindo milhares de caixas cheias de cartões. Otlet morreu em 1944, falido e esquecido.
Depois da morte de Otlet, o que sobreviveu do Mundaneum original ficou para existir na obscuridade em um velho prédio da Universidade Livre em Parc Leopold até 1968, quando um jovem estudante da graduação chamado W. Boyd Rayward começou a seguir a trilha de papel.Tendo lido parte do trabalho de Otlet, ele viajou ao escritório abandonado de Bruxelas, onde descobriu um quarto, como um mausoléu, cheio de livros e papéis com teias de aranha.
Rayward ajudou, desde então, no ressurgimento do interesse no trabalho de Otlet, um movimento que por fim angariou atenção suficiente para conseguir desenvolver o museu em Mons.
Hoje em dia, o novo Mundaneum revela interessantes relances de como a web poderia ter sido. Longas filas de gavestas de catálogos contêm milhões dos cartões de índice de Otlet, apontando o caminho para o grande arquivo que contém todos os artefatos. Uma equipe de biblioteconomistas conseguiu catalogar apenas 10% da coleção até agora.
O arquivo revela tanto as limitações como o potencial da visão original de Otlet. Ele imaginou uma equipe de profissionais que analisassem cada peça de informação que chegasse, uma filosofia que vai contra a idéia básica da web.
"Eu penso que Otlet teria se sentido perdido com a internet", disse seu biógrafo, Francoise Levie. Até com um pequeno exército de profissionais, o Mundaneum original jamais poderia acomodar o volume de informação produzida hoje na web.
Apesar dessas limitações, a versão do hipertexto de Otlet tinha algumas vantagens importantes com relação à web de hoje. Primeiro, ele viu um tipo mais inteligente de hiperlink. Enquanto links na web servem como um tipo de ligação muda entre dois documentos, Otlet vislumbrou links que carregavam significado anotando, por exemplo, se os documentos concordavam ou discordavam entre si.
Otlet também viu possibilidades de redes sociais, que deixassem os usuários "participarem, aplaudirem, criticarem."
Enquanto ele provavelmente fosse ficar confuso com o ambiente do Facebook ou do MySpace, Otlet viu alguns dos aspectos mais produtivos das redes sociais - a habilidade de trocar mensagens, participar em discussões e trabalhar coletivamente para recollher e organizar documentos.
Os curadores do Mundaneum de hoje esperam que o museu não termine da mesma maneira que seu precursor. Embora o projeto sempre atraia financiamento, ele batalha para atrair visitantes.
"O problema é que ninguém conhece a história do Mundaneum", disse sua arquivista, Stephanie Manfroid. "As pessoas não se interessam necessariamente por ver um arquivo. É como, você preferiria ver o último Star Wars ou ir a um catálogo gigante?"
Batalhando para ampliar seu apelo, o museu abriga regularmente exposições de pôsteres, fotografias e arte contemporânea. E enquanto apenas um pequeno número dos turistas cheguem ao pequeno museu em Mons, a cidade ainda pode encontrar seu lugar no mapa histórico da tecnologia. Ainda este ano, uma corporação pretende abrir um centro de dados na cidade: Google.
quarta-feira, 18 de junho de 2008
Salve, Jorge!

"Eu andarei vestido e armado com as armas de São Jorge para que meus inimigos,
tendo pés não me alcancem, tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me vejam,
e nem em pensamentos eles possam me fazer mal.
Armas de fogo o meu corpo não alcançarão,
facas e lanças se quebrem sem o meu corpo tocar, cordas e correntes
se arrebentem sem o meu corpo amarrar."
terça-feira, 17 de junho de 2008
Aforismos
__Epícteto
domingo, 15 de junho de 2008
e tem aquele jeito dela ir embora . . .
sábado, 14 de junho de 2008
sexta-feira, 13 de junho de 2008
Bibliotecas Temáticas
Biblioteca Hans Christian Andersen (contos de fadas). Avenida Celso Garcia, 4142, Tatuapé, 2295-3447.
Biblioteca Belmonte (cultura popular). Rua Paulo Eiró, 525, Santo Amaro, 5687-0408.
Biblioteca Cassiano Ricardo (música). Avenida Celso Garcia, 4200, Tatuapé, 2092-4570.
Biblioteca Alceu Amoroso Lima (poesia). Rua Henrique Schaumann, 777, Pinheiros, 3082-5023.
Das 8 às 19 horas (seg. a sex.) e das 9 às 16 horas (sáb.).
O horário de funcionamento é o mesmo para todas as bibliotecas temáticas.
quinta-feira, 12 de junho de 2008
quarta-feira, 11 de junho de 2008
Aforismos
___Adélia Prado
Lendo Imagens . . .

"Uma construção é a especie: um monumento, o indivíduo. Tal como a música, lida tanto pela partitura como pelo conteúdo, monumentos compreendem um texto, mas um texto cujos vários significados existem apenas em nossa interpretação. Em alemão, duas palavras, Mahnmal e Denkmal, servem para lembrar-nos dessa dupla leitura. As raízes latinas de seus equivalentes em inglês Memorial e Monument, retomam à deusa grega da memória, Mnemosine, adotada pelos romanos como Moneta, um epípeto de Juno, em cujo templo atiram-se moedas, dando-nos a palavra inglesa money. A memória torna-se concreta em pedras e cunhagem: algo que sirva como lembrete e advertência, e algo que sirva como um ponto de partida para pensamento ou ação. Todos os monumentos trazem tacitamente a inscrição 'Lembre-se e pense'."
terça-feira, 10 de junho de 2008
País com Branca de Neve entre mais lidos não é sério
Matéria completa em: http://portal.rpc.com.br/gazetadopovo/vidaecidadania/conteudo.phtml?tl=1&id=774630&tit=Pais-com-Branca-de-Neve-entre-mais-lidos-nao-e-serio
segunda-feira, 9 de junho de 2008
Filme - Na Natureza Selvagem

McCandless cresceu em Annandale, Virginia. Seu pai, Walt McCandless, trabalhou para a NASA como um especialista em antenas. Sua mãe, Wilhelmina “Billie” Johnson, foi secretária de seu pai e depois ajudou Walt a fundar e dirigir uma bem sucedida empresa de consultoria.
Desde a primeira infância seus professores notaram que Chris era extraordinariamente enérgico. Conforme cresceu, ele uniu isso a um intenso idealismo e resistência física. No colegial, ele foi capitão da equipe de cross-country onde ele estimulava seus companheiros a considerarem a corrida como um exercício espiritual no qual eles estavam “correndo contra as forças da escuridão… todo o mal do mundo, todo o ódio.”
Ele se graduou no W.T Woodson High School em 1986 e na Emory University em 1990, especializando-se em história e antropologia. O fato de vir da classe média alta e ter sucesso acadêmico escondeu um crescente desprezo para o que ele viu como o materialismo vazio da sociedade americana. “No seu primeiro ano de faculdade chamaram-no para ser membro na Phi Beta Kappa, mas ele rejeitou já que fama e títulos são irrelevantes,” citado de Na natureza selvagem. Os trabalhos de Jack London, Leo Tolstoy e Henry David Thoreau tiveram grande influência sobre McCandless, e ele sonhava em deixar a sociedade para um período thoreauniano de contemplação solitária.
Depois de se graduar em Emory em 1990, ele deu seus $24,000 de economia como caridade para Oxfam International e começou a viajar pelo país, usando o nome “Alexander Supertramp.” McCandless fez sua rota pelo Arizona, Califórnia, e Dakota do Sul, onde ele trabalhou numa máquina elevatória de grãos. McCandless alternou entre períodos relativamente fixos, nos quais ele foi bastante gregário e freqüentemente trabalhou num emprego, e passou tempos vivendo sem dinheiro e pouco ou nenhum contato humano, às vezes buscando por comida com sucesso na selva. Ele sobreviveu a diversas provações perigosas durante estes períodos selvagens, como perder seu carro na enchente relâmpago e fazer canoagem sozinho descendo trechos remotos do rio e ao longo do Golfo da Califórnia. McCandless obteve orgulho em sobreviver com o mínimo de equipamentos e fundos, e geralmente fez pouca preparação para suas expedições.
McCandless tinha sonhado com uma “Odisséia Alasquiana” por anos: ele viveria livremente na região, muito distante da civilização, e manteria um diário descrevendo seu progresso físico e espiritual conforme encarasse as forças da natureza. Em abril de 1992 McCandless teve sucesso em viajar pedindo carona até Fairbanks, Alasca. Ele foi visto vivo pela última vez por James Gallien, que deu para ele uma carona de Fairbanks até Stampede Trail. Gallien ficou interessado por “Alex”, que tinha pouco equipamento e nenhuma experiência na mata alasquiana. Gallien tentou convencer “Alex” a adiar sua viagem e ainda ofereceu carona para ele até o ancoradouro para comprar equipamento adequado. McCandless recusou toda assistência exceto um par de botas de borracha, duas latas de atum e um saco de salgadinhos.
Após machar a Stampede Trail McCandless achou um ônibus abandonado usado como um escudo de caça deixado numa região coberta de vegetação da trilha perto do Parque Nacional Denali e começou sua tentativa de viver livremente na região. Ele carregou para o ônibus um saco de 5 kg de arroz, um riffle 22, muita munição, um livro da vida das plantas locais, diversos outros livros, e algum equipamento de camping. Ele assumiu que poderia colher plantas e caçar pássaros. Apesar de sua inexperiência como caçador, McCandless pegou algumas pequenas caças, pássaros e um alce. Entretanto, suas tentativas de preservar a carne falharam.
Seu diário contém registros cobrindo um total de 113 dias diferentes. Esses registros cobrem do eufórico até o horrível, com mudança da sorte de McCandless. Depois de viver com sucesso no ônibus por diversos meses, Chris decidiu sair, mas encontrou a trilha de volta bloqueada pelo Rio Teklanika, que tinha inundado consideravelmente menos em abril.
Em 6 de setembro de 1992, dois trilheiros e um grupo de caçadores de alce acharam esta mensagem na porta do ônibus:
“S.O.S. Eu preciso de sua ajuda. Estou machucado, quase morto e fraco demais para sair daqui. Estou totalmente só, não estou brincando. Pelo amor de Deus, por favor, continuem tentando me salvar. Estou lá fora pegando frutas nas proximidades e devo voltar esta noite. Obrigado, Chris McCandless. Agosto?”
Seu corpo foi achado no seu saco de dormir dentro do ônibus. Ele estava morto há mais de duas semanas. A causa oficial da morte foi fome. Jon Krakauer acredita que McCandless morreu por ingerir as sementes da batata selvagem (Hedysarum alpinum), que McCandless escreveu sobre comer e culpou por sua debilitante indisposição final.
Embora elas não são comumente conhecidas como venenosas, e a raiz da planta é comestível, há evidência de que as sementes contêm um alcalóide que impede o uso da glicose. Entretanto, Dr. Thomas Clausen da Universidade do Fairbanks no Alasca conduziu testes extensivos na semente e constatou que não houve toxinas ou alcalóides. (Note que esta é a teoria que Krakauer apresenta em seu livro sobre McCandless, e difere da teoria anterior que ele relatou em seu artigo da revista Outside, sobre a segunda planta — Hedysarum boreale mackenzii, uma planta de ervilha de cheiro — assemelhando-se com a batata selvagem e conhecida por ser venenosas.)
Na edição mais recente do seu livro, Krakauer modificou sutilmente sua teoria com respeito à causa da morte de McCandless. Ele acredita que as sementes da batata selvagem estavam mofadas e foi o mofo que contribuiu para a toxicidade das sementes.
O livro de Krakauer fez McCandless uma figura heróica para muitos. Em 2002, o ônibus abandonado em Stampede Trail onde McCandless acampou se tornou um ponto turístico de aventura. O filme de Sean Penn Na natureza selvagem, baseado no livro de Jon Krakauer, lançado em setembro de 2007 foi bem recebido pela crítica, incluindo quatro estrelas de diversos grandes críticos como Roger Ebert. Em 21 de outubro de 2007 o filme tinha 81% de avaliação ‘fresca’ na crítica de filmes do banco de dados do Tomates Podres. Um filme documentário sobre a viagem de McCandless feito pelo produtor de filmes independente Ron Lamothe, The Call of the Wild, também deve ser lançado em 2007. A história de McCandless também inspirou um episódio da série de TV Millenium e canções populares do cantor Ellis Paul, Eddie From Ohio e Harrod and Funck.
Diferente de Krakauer e muitos leitores de seu livro, que possuem em grande medida uma visão simpática de McCandless, alguns alasquianos possuem visões negativas tanto de McCandless e daqueles que romantizam sua morte. McCandless estava inconsciente de que vagões operados manualmente cruzavam o rio a 400 metros do Stampede Trail, enquanto um abrigo das redondezas estava estocado com alimentos de emergência, como descrito no livro de Krakauer. O guarda florestal do Parque Alasquiano Peter Christian escreveu: “Eu estou exposto continuamente ao que chamo de ‘fenômeno McCandless’. Pessoas, quase sempre homens jovens, vêm ao Alasca para se desafiarem contra um implacável cenário selvagem onde oportunidade de acesso e possibilidade de resgate são praticamente inexistentes… quando você considera McCandless da minha perspectiva, você logo vê que o que ele fez não foi nem particularmente corajoso, apenas estúpido, trágico e inconsiderado. Primeiro de tudo, ele gastou muito pouco tempo aprendendo como realmente viver na selva. Ele chegou em Stampede Trail sem ao menos o mapa da região. Se ele tivesse um bom mapa ele poderia ter saído andando dessa situação difícil… Basicamente, Chriss McCandless cometeu suicídio.”
Judith Kleinfeld escreveu no Notícias Diárias do Ancoradouro que “muitos alasquenses reagiram com raiva a essa estupidez. Você tem que ser um completo idiota, eles disseram, para morrer de fome no verão a 30 km de distância da estrada do parque.” Será??
sexta-feira, 6 de junho de 2008
Impermanências da Permanência
__Bertrand Russell (1872-1970), matemático e filósofo britânico
Smurfs - 50 anos

50 anos dos Smurfs:
http://happysmurfday.com/en/en/lang_select
Sobre a ligação dos smurfs e o comunismo:
http://www.arcadovelho.com.br/Desenhos_Antigos/Smurfs/Smurfs.htm
quinta-feira, 5 de junho de 2008
Jornais admitem: internet vai dominar em 5 anos
Em 2013, a Internet assumirá o papel dominante na comunicação. Os autores da previsão são justamente os executivos de jornais, que se reuniram no encontro anual da Associação Mundial dos Jornais, nesta terça-feira, na Suécia.A ousada afirmação é embasada em relatório da pesquisa "World Digital Media Trends".
Ao final do encontro, ficou a mensagem de que os grupos devem apostar na mídia digital. Entretanto, o movimento é delicado e requer cuidados para que não haja negligência com as publicações impressas.
quarta-feira, 4 de junho de 2008
Biblioteca de Babel - Jorge Luís Borges
«By this art you may contemplatethe variation of the 23 letters...»
O universo (a que outros chamam a Biblioteca) compõe-se de um número indefinido, e talvez infinito, de galerias hexagonais, com vastos poços de ventilação no meio, cercados por parapeitos baixíssimos. De qualquer hexágono vêem-se os pisos inferiores e superiores: interminavelmente. A distribuição das galerias é invariável. Vinte estantes, a cinco longas estantes por lado, cobrem todos os lados menos dois; a sua altura, que é a dos pisos, mal excede a de uni bibliotecário normal. Uma das faces livres dá para um estreito saguão, que vai desembocar noutra galeria, idêntica à primeira e a todas. À esquerda e à direita do saguão há dois gabinetes minúsculos. Um permite dormir de pé; o outro, satisfazer s necessidades fecais. Por aí passa a escada em espiral, que se afunda e e eleva a perder de vista. No saguão há um espelho, que fielmente duplica as aparências. Os homens costumam inferir desse espelho que a Biblioteca não é infinita (se o fosse realmente, para que serviria esta duplicação ilusória?); eu prefiro sonhar que as superfícies polidas representam e prometem o infinito... A luz provém de umas frutas esféricas que têm o nome de lâmpadas. Há duas em cada hexágono: transversais. A luz que emitem é insuficiente, incessante.
Tal como todos os homens da Biblioteca, viajei na minha juventude; peregrinei em busca de um livro, se calhar do catálogo dos catálogos; agora que os meus olhos quase não conseguem decifrar o que escrevo, preparo-me para morrer a poucas léguas do hexágono em que nasci. Morto, não faltarão mãos piedosas que me atirem pela balaustrada; a minha sepultura será o ar insondável; o meu corpo precipitar-se-á longamente até se corromper e dissolver no vento gerado pela queda, que é infinita. Eu afirmo que a Biblioteca é interminável. Os idealistas argumentam que as salas hexagonais são uma forma necessária do espaço absoluto, ou pelo menos da nossa intuição do espaço. Consideram que é inconcebível uma sala triangular ou pentagonal. (Os místicos pretendem que o êxtase lhes revela uma câmara circular com um grande livro circular de lombada contínua, que dá toda a volta das paredes; mas o seu testemunho é suspeito; as suas palavras, obscuras. Esse livro cíclico e Deus.) Basta-me por agora repetir a clássica sentença: «A Biblioteca é uma esfera cujo centro cabal é qualquer hexágono, e cuja circunferência é inacessível.»
símbolos naturais, mas afirmam que essa aplicação é casual e que os livros em si nada significam. Esta opinião, como veremos, não é totalmente falaciosa.)
dhcmrlchtdj
que a divina Biblioteca não haja previsto e que nalguma das suas línguas secretas não contenham um terrível sentido. Ninguém pode articular uma sílaba que não esteja plena de ternuras e de temores; que não seja nalguma dessas linguagens o nome poderoso de um deus. Falar é incorrer em tautologias. Esta epístola inútil e palavrosa já existe num dos trinta volumes das cinco prateleiras de um dos incontáveis hexágonos — e também a sua refutação. (Um número n de linguagens possíveis usa o mesmo vocabulário; numas, o símbolo biblioteca admite a correcta definição ubíquo e duradouro sistema de galerias hexagonais, mas biblioteca é pão ou pirâmide ou outra coisa qualquer, e as sete palavras que a definem têm outro valor. Tu que me lês, tens a certeza de que compreendes a minha linguagem?)
Mar da Prata, 1941.
[1] Dantes, para cada três hexágonos havia um homem. O suicídio e as doenças pulmonares
destruíram esta proporção. Memória de indescritível melancolia: já cheguei a viajar muitas noites por corredores e escadas polidas sem encontrar um único bibliotecário.
[2] Repito: basta que um livro seja possível para existir. Só está excluído o impossível. Por exemplo: nenhum livro é também uma escada, embora sem dúvida haja livros que discutem e negam e demonstram essa possibilidade, e outros cuja estrutura corresponde à de uma escada.
[3] Letizia Álvarez de Toledo observou que esta vasta Biblioteca é inútil: rigorosamente, bastaria um único volume, de formato comum, impresso em corpo nove ou em corpo dez, que constasse de um número infinito de folhas infinitamente finas. (Cavalieri nos princípios do século XVII disse que todo o corpo sólido é a sobreposição de um número infinito de planos.) O manejo desse vade-mécum sedoso não seria cómodo: cada folha aparente desdobrar-se-ia noutras análogas; a inconcebível folha central não teria reverso.
terça-feira, 3 de junho de 2008
Aforismos
segunda-feira, 2 de junho de 2008
domingo, 1 de junho de 2008
Memória 2008 - Seminário sobre Museologia, História e Documentação
ABOTTC / Instituto Metodista Granbery / MPF – Movimento de Preservação Ferroviária
Local: Juiz de Fora/MG
Período: 5 a 7 de junho
Informações: www.granbery.edu.br/memoria2008
e-mail: memoria2008@granbery.edu.br
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