Juízo FinalComposição: Élcio Soares / Nelson Cavaquinho
Juízo Final
Refletir sobre a arte – particularmente a moderna e contemporânea dos séculos XX e XXI – pode se tornar um exercício tão complexo quanto os próprios objetos de análise – os artistas e suas obras. Um desafio ao qual até mesmo os críticos podem sucumbir, diante do verdadeiro mosaico de conceitos e opiniões que podem mais confundir que localizar os parâmetros do que é ou não arte e ser artista. Em O enigma vazio - Impasses da arte e da crítica o poeta, ensaísta, cronista e professor Affonso Romano de Sant´Anna coloca essa crítica no divã, analisando e, em alguns momentos, desconstruindo seus discursos e argumentos ao apontar suas contradições e exageros.
O notebook revestido de bambu da Asus deverá chegar no mercado brasileiro até o começo de 2009. Com uma definição de "equipamento verde", o Asus Série Bambu (ou Asus EcoBook) terá duas versões: a primeira virá em maior quantidade e terá tela de 12,1 polegadas e pesará 1,57 kg. A segunda será mais leve e possuirá tela menor, com 11,1 polegadas e peso de 1,25 kg. Ambos terão processador Inter Core 2 Duo.A configuração mais potente, como já anunciamos por aqui, terá 4 GB de RAM, disco rígido híbrido de 320 GB (com 256 MB de memória flash) e placa de vídeo GeForce 9300M GS de 256 MB.a Asus ressalta como principal diferencial a superioridade da bateria "Super Hybrid Engine", que promete vida útil entre 35% e 70% maior que as convencionais.As vendas do gadget começarão entre o fim deste ano e o início de 2009, quando chegam ao varejo brasileiro. O preço ainda não foi divulgado.Passem-se dias, horas, meses, anos Amadureçam as ilusões da vida Prossiga ela sempre dividida Entre compensações e desenganos.
Faça-se a carne mais envilecida Diminuam os bens, cresçam os danos Vença o ideal de andar caminhos planos Melhor que levar tudo de vencida.
Queira-se antes ventura que aventura À medida que a têmpora embranquece E fica tenra a fibra que era dura.
E eu te direi: amiga minha, esquece... Que grande é este amor meu de criatura Que vê envelhecer e não envelhece.
(Rio, 1942)

O artista belga Carsten Höller criou uma instalação que reproduz um quarto de hotel dentro do Museu Guggenheim, em Nova York, e que abrigará hóspedes durante a noite. O Revolving Hotel Room (Quarto de Hotel Giratório, em tradução literal) traz a mobília tradicional de um quarto de hotel sobre quatro discos de vidro giratórios. Durante o dia, a obra pode ser vista como parte da exposição theanyspacewhatever e à noite, o quarto é reservado para visitantes que queiram passar a noite no museu. A oportunidade de se hospedar na instalação luxuosa de Höller e de passear pelo Guggenheim quando o museu está vazio, no entanto, não sai barato. O custo do pernoite varia entre US$260 (R$581) durante a semana e US$ 799 (R$ 1788) nos finais de semana e inclui café da manhã. Cada hóspede pode passar apenas uma noite no museu e a instalação abriga no máximo duas pessoas por noite. A exposição theanyspacewhatever, da qual a instalação Revolving Hotel Room faz parte, tem como objetivo ir além das artes visuais, aproximar a experiência artística do cotidiano e ampliar as convenções tradicionais dos museus. A artista canadense Angela Bulloch irá transformar o teto do museu em uma constelação artificial de estrelas. A francesa Domonique Gonzalez-Foerster usará uma instalação sonora para "tropicalizar" uma das rampas do museu. O britânico Liam Gillick intervirá nos serviços de sinalização do Guggenheim, para "reorientar" a experiência dos visitantes no espaço e na exposição.
E começou a rodar no mercado europeu mais um aparelho para converter o conteúdo dos velhos bolachões em música digital. O gravador Ion LP 2 Flash permite gravar discos de vinil diretamente para formatos digitais, sem a necessidade de um computador. Aliás, ele tem uma aparência muito semelhante a um toca-discos convencional. E pode ser conectado também a toca-fitas. O conteúdo é passado para um dispositivo USB ou um cartão, a escolher. Só precisa ter a paciência de tocar todo o LP. O que pode ser um bom revival.
Um grupo de Santa Catarina aliou internet, boas idéias e vontade de escrever e criou uma batalha virtual: o Duelo de Escritores. Já em sua 30ª rodada, o projeto funciona de forma simples: em cima de um tema proposto, cada participante escreve um conto, crônica ou poesia, e uma votação define qual é o vencedor e quem escolherá o próximo tema. Quem vota? Os duelistas e o público. “Quando criamos o Duelo e optamos por mantê-lo na internet, nossa primeira motivação foi poder contar com opiniões do público sobre o que estávamos escrevendo”, comenta Fábio Ricardo, um dos participantes. Já são aproximadamente 6,5 mil acessos e mais de 300 votos.Além de Fábio, que é jornalista, participam do projeto o biólogo Félix Rosumek, a estudante Marina Melz, o publicitário Rodrigo Oliveira e Thiago Floriano, também jornalista. “Apesar de atuarmos em áreas diferentes, todos gostávamos de escrever, mas não tínhamos tempo nem incentivo para produzir. Com o Duelo, temos que cumprir os prazos propostos e garantimos um conto a cada 10 dias”, conta Rodrigo, que é pós-graduando em Estudos Literários.“Temos estilos completamente diferentes de escrita, e isso se reflete nos temas de cada rodada”, comenta Félix. “Já escrevemos contos sobre temas abstratos como reflexo, idade e silêncio e também sobre temas atuais e relevantes, como a Dulplicação da BR-470”, complementa Thiago. O recorde de votos foi registrado no tema Primeira Vez, com 19 diferentes votantes.




Ler (ou reler) as "crônicas culturais" de Affonso , como ele mesmo as denomina, sem ter que esperar por elas em jornais ou revistas, é um renovado prazer propiciado por este livro. A reconhecida lucidez do poeta e professor de literatura serve de leme para quem se interessa por "entender a ´contemporaneidade´ e rever a tradição". Nas seis primeiras crônicas, que dão título ao livro, o autor seleciona lendas, mitos e textos literários sobre o "intrigante tópico da cegueira e do (não) saber", como o Ensaio sobre a cegueira, de Saramago, Em terra de cego, conto de H. G. Wells, A carta roubada, de Poe, A nova roupa do imperador, de Andersen, entre outros, para apresentar os vários aspectos do ver e do não-ver - a cegueira como uma praga temporária, a visão arrogante que não enxerga o óbvio, o pacto social em torno do não-ver, a sabedoria que ilumina a vida interior, o desafio de ver o mundo com novos olhos. O estilo agradável, lúcido e didático de Affonso Romano de Sant´Anna conduzirá o leitor a um prazeroso mergulho em suas crônicas, uma após outra, descobrindo os percalços de uma carreira de escritor às voltas com a folha em branco ou com as recusas dos editores à publicação. Como surge uma obra literária? Como fazer emergir a poesia? Como publicar e ter sucesso? Estas são algumas das muitas questões que o autor considera "perguntas simples, respostas complexas". Para auxiliá-lo nas respostas, apresenta aos leitores o trabalho do escritor italiano, Mario Baudino, com o livro