segunda-feira, 26 de maio de 2008

Nascer


De volta ao começo.



Heranças Literárias

HERDANDO UMA BIBLIOTECA
Autor : Miguel Sanches Neto
ISBN : 8501071307
Gênero : Ficção Brasileira - Memórias
Páginas : 144Formato : 14X21Preço : R$ 28,90

O livro acompanha a trajetória do menino Miguel, que lê continuamente o primeiro livro que aparece em sua casa, uma bíblia protestante, cuja tradução é considerada, por Dalton Trevisan, um dos principais estilos da língua portuguesa. "Nos momentos de depressão (descendo de uma linhagem de angustiados), eu lia os textos sagrados em busca de respostas para meus dramas", relembra Miguel.

Aforismos

"Sou
o equilibrista que
no ar caminha
descalço
sobre um arame
de farpas."

_Ricardo Piglia

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Feriados


Estarei na antiga Ouro Preto e na próxima semana,
terei cinco dias para matar a saudade da atual capital da Gerais.

Mal do Wi-fi?

A biblioteca de Sainte-Geneviève, em Paris, decidiu desativar de modo permanente o seu sistema de internet sem fio, após a denúncia de "violentos sintomas de mal-estar" por parte de um funcionário, atribuídos por ele à constante exposição aos campos magnéticos do local. Esta é a quinta biblioteca francesa a desativar o sistema sem fio desde dezembro, quando o jornal "Le Monde" apontou o "mal do Wi-Fi": vertigem, náusea, insônia, dor de cabeça e dores musculares, supostamente causadas por esse sistema comunicação.

Na biblioteca de Sainte-Geneviève, no bairro Place du Pantheon, a direção encerrou o sistema após uma petição dos funcionários e convocou "para o mais breve possível" um Comitê de Higiene e Segurança com a presença do Inspetor de Higiene e Segurança do Ministério da Educação Superior e da Pesquisa, uma vez que o local pertence à Universidade Paris 3. Os delegados do sindicato de funcionários públicos (Supap), que solicitou o cancelamento do Wi-Fi nas bibliotecas parisienses há algumas semanas, se reunirão em breve com a assessora da prefeitura Maité Errecart para discutir a situação.Diante da falta de dados científicos nessa área, o Ministério da Saúde solicitou à Agência Francesa de Segurança Sanitária do Ambiente de Trabalho (Afsset) um relatório sobre os efeitos dos campos Wi-Fi sobre a saúde e do uso de telefones celulares por parte das crianças, que deverá ser entregue no final do ano;Em dezembro, a denúncia do jornal "Le Monde" foi acompanhada por uma entrevista com pesquisador italiano Paolo Vecchia, do Departamento de Tecnologia e Saúde do Instituto Superior Sanitário, segundo o qual "pouco se sabe sobre as freqüências utilizadas no Wi-Fi".

Fonte: Ansa

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Basta um Dia - Chico Buarque (1975)


Pra mim / Basta um dia / Não mais que um dia / Um meio dia / Me dá /Só um dia /E eu faço desatar / A minha fantasia / Só um Belo dia / Pois se jura, se esconjura / Se ama e se tortura /Se tritura, se atura e se cura /A dor / Na orgia / Da luz do dia / É só / O que eu pedia / Um dia pra aplacar / Minha agonia /Toda a sangria /Todo o veneno /De um pequeno dia /Só um /Santo dia /Pois se beija, se maltrata / Se como e se mata /Se arremata, se acata e se trata / A dor /Na orgia /Da luz do dia/ É só /O que eu pedia, viu /Um dia pra aplacar /Minha agonia /Toda a sangria /Todo o veneno / De um pequeno dia.
Para a peça Gota d´água de Chico Buarque e Paulo Pontes

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Aforismos

"Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual deles sustenta nosso edifício."
__Clarice Lispector, escritora brasileira (1920-1977)

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Prêmio OFF FLIP recebe contos e poesias até 21 de maio


Estão abertas até 21 de maio as inscrições para o III Prêmio OFF FLIP de Literatura. Podem participar autores de qualquer nacionalidade residentes no Brasil e brasileiros que residem no exterior. Este ano as inscrições foram estendidas também a autores de todos os países lusófonos.Promovido pela OFF FLIP, o Prêmio oferecerá no total R$ 5 mil aos vencedores, além de estadia em Paraty entre os dias 2 e 6 de julho e ingressos para mesas de debate da FLIP. Há também outras formas de premiação, como cota de livros do selo Record e da Litteris Editora, exemplares da Revista CULT, passeio pela baía de Paraty na escuna Banzay e um almoço de confraternização no Restaurante Ilha Rasa.Os contos e poemas serão avaliados por duas comissões formadas por escritores de expressão no cenário literário brasileiro. Uma terceira comissão avaliará os textos inscritos na categoria local. A premiação será durante a OFF FLIP, que acontecerá entre 2 e 6 de julho paralelamente à Festa Literária Internacional de Parati.No mesmo dia da premiação será lançada a coletânea com os poemas e contos vencedores nos dois anos anteriores, a ser publicada em parceria com a Quarto Setor Editorial. O regulamento pode ser lido no endereço www.offflip.paraty.com, onde em breve estará disponível a programação da OFF FLIP 2008.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Correspondências Literárias

Debate travado via e-mail pelo chileno Roberto Bolaño (morto aos 50 anos em 2003) e Ricardo Piglia, um dos maiores nomes da literatura argentina contemporânea:

1) Constance Garnett, mãe de David Garnett (amigo de Virgínia Woolf e escritor dito "menor" de Bloomsbury), passou a vida traduzindo os escritores russos para o inglês. Ou seja, foi através dela (uma velhinha vitoriana e feminista, ao mesmo tempo) que intelectuais do porte de Hemingway, conheceram os admiráveis Tchekhov, Dostoiévski e Tolstói;

2) A admiração por Julio Torri, belíssimo escritor de textos curtos, um ícone da literatura mexicana. A partir daí descobri a bela tradução de Ronald Polito para o seu "Almanaque das horas e outros escritos" (desde já um objeto de desejo...);

3) Também a descoberta da correspondência de Eric Satie (compositor francês) que, segundo Piglia, nunca abria as cartas que recebia, mas respondia todas. Olhava o nome do remetente e em seguida lhe escrevia uma resposta. As cartas lacradas foram encontradas e agora publicadas junto com as respostas. Nas palavras de Piglia: "a correspondência é fantástica, porque todos falam de coisas diferentes, e essa, claro, é a essência do diálogo".

terça-feira, 13 de maio de 2008

Conto & Teoria - Ricardo Piglia


Teses sobre o conto


1. Num de seus cadernos de notas Tchecov registrou este episódio: "Um homem, em Monte Carlo, vai ao cassino, ganha um milhão, volta para casa, se suicida". A forma clássica do conto está condensada no núcleo dessa narração futura e não escrita.
Contra o previsível e convencional (jogar-perder-suicidar-se) a intriga se estabelece como um paradoxo. A anedota tende a desvincular a história do jogo e a história do suicídio. Essa excisão é a chave para definir o caráter duplo da forma do conto.

2. Primeira tese: um conto sempre conta duas histórias.
O conto clássico (Poe, Quiroga) narra em primeiro plano a história 1 (o relato do jogo) e constrói em segredo a história 2 (o relato do suicídio). A arte do contista consiste em saber cifrar a história 2 nos interstícios da história 1. Uma história visível esconde uma história secreta, narrada de um modo elíptico e fragmentário.
O efeito de surpresa se produz quando o final da história secreta aparece na superfície.
3. Cada uma das duas histórias é contada de maneira diferente. Trabalhar com duas histórias significa trabalhar com dois sistemas diversos de causalidade. Os mesmos acontecimentos entram simultaneamente em duas lógicas narrativas antagônicas. Os elementos essenciais de um conto têm dupla função e são utilizados de maneira diferente em cada uma das duas histórias.

Os pontos de cruzamento são a base da construção.
4. No início de "La Muerte y la Brújula", um lojista resolve publicar um livro. Esse livro está ali porque é imprescindível na armação da história secreta. Como fazer com que um gângster como Red Scharlach fique a par das complexas tradições judias e seja capaz de armar a Lönrot uma cilada mística e filosófica? Borges lhe consegue esse livro para que se instrua. Ao mesmo tempo usa a história 1 para dissimular essa função: o livro parece estar ali por contiguidade com o assassinato de Yarmolinsky e responde a uma causalidade irônica. "Um desses lojistas que descobriram que qualquer homem se resigna a comprar qualquer livro publicou uma edição popular da "Historia Secreta de los Hasidim". O que é supérfluo numa história, é básico na outra. O livro do lojista é um exemplo (como o volume das "Mil e Uma Noites" em "El Sur"; como a cicatriz em "La Forma de la Espada") da matéria ambígua que faz funcionar a microscópica máquina narrativa que é um conto.

5. O conto é uma narrativa que encerra uma história secreta. Não se trata de um sentido oculto que depende da interpretação: o enigma não é senão uma história que se conta de modo enigmático. A estratégia da narrativa está posta a serviço dessa narrativa cifrada. Como contar uma história enquanto se está contando outra? Essa pergunta sintetiza os problemas técnicos do conto.

Segunda tese: a história secreta é a chave da forma do conto e suas variantes.
6. A versão moderna do conto que vem de Tchecov, Katherine Mansfield, Sherwood Anderson, o Joyce de "Dublinenses", abandona o final surpreendente e a estrutura fechada; trabalha a tensão entre as duas histórias sem nunca resolvê-las. A história secreta conta-se de um modo cada vez mais elusivo. O conto clássico à Poe contava uma história anunciando que havia outra; o conto moderno conta duas histórias como se fossem uma só.
A teoria do iceberg de Hemingway é a primeira síntese desse processo de transformação: o mais importante nunca se conta. A história secreta se constrói com o não dito, com o subentendido e a alusão.

7. "O Grande Rio dos Dois Corações", um dos textos fundamentais de Hemingway, cifra a tal ponto a história 2 (os efeitos da guerra em Nick Adams) que o conto parece a descrição trivial de uma excursão de pesca. Hemingway utiliza toda sua perícia na narração hermética da história secreta. Usa com tal maestria a arte da elipse que consegue com que se note a ausência da outra história.

O que Hemingway faria com o episódio de Tchecov? Narrar com detalhes precisos a partida e o ambiente onde se desenrola o jogo e técnica utilizada pelo jogador para apostar e o tipo de bebida que toma. Não dizer nunca que esse homem vai se suicidar, mas escrever o conto se o leitor já soubesse disso.

8. Kafka conta com clareza e simplicidade a história secreta e narra sigilosamente a história visível até transformá-la em algo enigmático e obscuro. Essa inversão funda o "kafkiano".
A história do suicídio no argumento de Tchecov seria narrada por Kafka em primeiro plano e com toda naturalidade. O terrível estaria centrado na partida, narrada de um modo elíptico e ameaçador.

9. Para Borges a história 1 é um gênero e a história 2 sempre a mesma. Para atenuar ou dissimular a monotonia essencial dessa história secreta, Borges recorre às variantes narrativas que os gêneros lhe oferecem. Todos os contos de Borges são construídos com esse procedimento.
A história visível, o jogo no caso de Tchecov, seria contada por Borges segundo os estereótipos (levemente parodiados) de uma tradição ou de um gênero. Uma partida num armazém, na planície entrerriana, contada por um velho soldado da cavalaria de Urquiza, amigo de Hilario Ascasubi. A narração do suicídio seria uma história construída com a duplicidade e a condensação da vida de um homem numa cena ou ato único que define seu destino.

10. A variante fundamental que Borges introduziu na história do conto consistiu em fazer da construção cifrada da história 2 o tema principal.
Borges narra as manobras de alguém que constrói perversamente uma trama secreta com os materiais de uma história visível. Em "La Muerte y la Brújula", a história 2 é uma construção deliberada de Scharlach. O mesmo ocorre com Acevedo Bandeira em "El Muerto"; com Nolan em "Tema del Traidor y del Héroe"; com Emma Zunz.
Borges (como Poe, como Kafka) sabia transformar em argumento os problemas da forma de narrar.

11. O conto se constrói para fazer aparecer artificialmente algo que estava oculto. Reproduz a busca sempre renovada de uma experiência única que nos permita ver, sob a superfície opaca da vida, uma verdade secreta. "A visão instantânea que nos faz descobrir o desconhecido, não numa longínqua terra incógnita, mas no próprio coração do imediato", dizia Rimbaud.
Essa iluminação profana se transformou na forma do conto.

Ricardo Piglia é escritor argentino, autor de, entre outros, "Respiração Artificial" (Iluminuras) e "Dinheiro Queimado (Companhia das Letras). O texto acima foi publicado originalmente em "O Laboratório do Escritor" (Iluminuras).
Tradução de Josely Vianna Baptista

O CONTO
Calcula-se que o hábito de ouvir e de contar histórias venha acompanhando a humanidade em sua trajetória no espaço e no tempo. Em que momento o primeiro agrupamento humano se sentou ao redor da fogueira para ouvir as narrativas fantásticas ou didáticas capazes de atrair a atenção e o gosto dos presentes e de deixar, no rastro de magia em que eram envolvidas, uma lição e/ou um momento de prazer?

O que se pode afirmar é que todos os povos, em todas as épocas, cultivaram seus contos. Contos anônimos, preservados pela tradição, mantiveram valores e costumes, ajudaram a explicar a história, iluminaram as noites dos tempos.

De Sherazade (uma voz de mulher que conta mil e um contos nas Mil e uma noites, fazendo, dessa forma, a compilação dos contos mais conhecidos no final da Idade Média) aos contistas contemporâneos, a narrativa curta tem sido observada com especial interesse.

A fórmula de compilação e narração de contos até então mantidos no ideário popular adotada nas Mil e uma noites foi largamente adotada e repetida por muitos autores nos anos subseqüentes (Veja-se, por exemplo, o Decamerão, de Bocaccio).

Aos poucos, novas modalidades de contos foram surgindo, diferenciando-se dos contos infantis e dos contos populares, regidos agora por uma nova maneira de narrar, de acordo com a época, os movimentos artísticos que essa época produziu e o estilo individual do autor/narrador.

Luzia de Maria, no volume O que é conto, da coleção Primeiros Passos, introduz seu leitor na discussão das várias modalidades de conto, começando por distinguir "o conto como forma simples, expressão do maravilhoso, linguagem que fala de prodígios fantásticos, oralmente transmitido de gerações a gerações e o conto adquirindo uma formulação artística, literária, escorregando do domínio coletivo da linguagem para o universo do estilo individual de um certo escritor". [1]

E surgiram os contos de humor, os contos fantásticos, os contos de mistério e terror, os contos realistas, os contos psicológicos, os contos sombrios, os contos cômicos, os contos religiosos, os contos minimalistas, os contos estruturados de acordo com as técnicas da narrativa.

Ricardo Piglia assegura que o segredo de um conto bem escrito é que, na realidade, todo conto conta duas histórias: uma em primeiro plano e outra que se constrói em segredo. A arte do contista estaria em entrelaçar ambas e, só ao final, pelo elemento surpresa, revelar a história que se construiu abaixo da superfície em que a primeira se desenrola. As duas histórias encontram-se nos pontos de cruzamento que vão dando corpo a ambas, embora o que pareça supérfluo numa seja elemento imprescindível na armação da outra.

A história visível e a história secreta, segundo ele, recebem diferentes tratamentos no conto clássico e no conto moderno. No primeiro, uma história é contada anunciando a outra; nos contos modernos, as duas histórias aparecem como se fossem uma só.

Na forma reduzida do conto, a intensidade da busca: "O conto se constrói para fazer aparecer artificialmente algo que estava oculto. Reproduz a busca sempre renovada de uma experiência única que nos permita ver, sob a superfície opaca da vida, uma verdade secreta." [2]

As qualidades que lhe são apontadas são a concisão e a brevidade, ou seja, é estruturado com uma linguagem densa, com o máximo de economia de palavras. Sua dimensão se dá no sentido da profundidade. O conto de feição clássica se organiza numa cadeia de acontecimentos que centralizam o poder de atração, apresentando, conseqüentemente, ação, personagens, diálogos. Caracteriza-se como narração de um episódio, uma única ação, com começo, meio e fim, concentrado num mesmo espaço físico, num tempo reduzido. Destaca-se por sua unidade de tempo e de ação. O conto contemporâneo, reflexo da nova narrativa que se foi construindo nas últimas décadas, substituiu a estrutura clássica pela construção de um texto curto, com o objetivo de conduzir o leitor para além do dito, para a descoberta de um sentido do não-dito. A ação se torna ainda mais reduzida, surgem monólogos, a exploração de um tempo interior, psicológico, a linguagem pode, muitas vezes chocar pela rudeza, pela denúncia do que não se quer ver. Desaparece a construção dramática tradicional que exigia um desenvolvimento, um clímax e um desenlace. Em contrapartida, cobra a participação do leitor, para que os aspectos constitutivos da narrativa possam por ele ser encontrados e apreciados. Exige uma leitura que descortine não só o que é contado, mas, principalmente, a forma como o fato é contado, a forma como o texto se realiza.



1- REIS, Luzia de Maria R. O que é o conto. São Paulo: Brasiliense. 1987, p.10.
2. PIGLIA, Ricardo. Teses sobre o conto. Caderno Mais, Folha de São Paulo, 30 de dezembro de 2001, p. 24.

Aforismos

"O novo não está no que é dito, mas no acontecimento de sua volta".
_ Michel Foulcaut

domingo, 11 de maio de 2008

Semana Nacional de Museus 2008

Centenas de museus e instituições relacionadas em todo o país, celebram, entre os dias 12 e 18 de maio, a Semana Nacional de Museus 2008, que será lançada na próxima terça-feira, 06 de maio, às 17 horas, no Museu Nacional de Belas Artes - MNBA (av. Rio Branco, 199, Centro, Rio de Janeiro), com a presença do diretor do Departamento de Museus e Centros Culturais do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), José do Nascimento Júnior.Ao longo da Semana, serão oferecidas diversas atividades sob o tema Museus como Agentes de Mudança Social e Desenvolvimento. A Superintendência de Museus da Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais – SUM/ SEC e seus cinco museus subordinados - Museu Casa Alphonsus de Guimaraens, em Mariana; Museu Casa Guignard, em Ouro Preto; Museu Casa Guimarães Rosa, em Cordisburgo; Museu do Crédito Real, em Juiz de Fora e Museu Mineiro, em Belo Horizonte – participam dessa festa!Foi preparada uma vasta programação para essa Semana especial: oficinas de arte e literatura, poemas e bordados; espetáculos teatrais, palestras, exibição de filmes, apresentações musicais, exposições temporárias, gincana cultural e muito mais.

Um dos destaques será a Videoconferência, realizada pela SUM, com o educador e antropólogo Tião Rocha - fundador do Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento (CPCD), instituição que desenvolve processos alternativos de educação, utilizando saberes populares, folclore, música, teatro e brincadeiras, entre outros. Dando continuidade a uma iniciativa de 2007, a Videoconferência deve interligar cerca de 40 municípios mineiros em torno do debate sobre museus, educação e desenvolvimento social. A transmissão está marcada para o dia 14 de maio, das 14 às 17 horas. Os interessados devem escolher o município de onde desejam assistir ao debate e fazer suas inscrições a partir desta segunda-feira, 5 de maio, das 09 às 17 horas, na SUM ou através do telefone (31) 3269-1168.

Semana de MuseusDesde a instituição da Política Nacional de Museus, em 2003, a Semana Nacional de Museus vem sendo promovida no mês de maio, em comemoração ao Dia Internacional de Museus - dia 18 deste mês. Promovida pelo Departamento de Museus e Centros Culturais do Iphan e pela Associação Brasileira de Museologia, com o patrocínio da Petrobras, da Caixa Econômica Federal e do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), contando ainda com o apoio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, a 6ª edição da Semana Nacional de Museus reúne, em 2008, cerca de 470 instituições museológicas participam desse evento, realizando mais de 1400 atividades em todas as regiões do país. A programação nacional da Semana de Museus 2008 estará disponível, em breve, no site do Iphan: www.iphan.gov.br. Informações pelo telefone (61) 3414-6167.

Confira a Programação

Objetos de Desejo


Impermanências da Permanência

Tudo é válido na inconstante roda da vida.

O dia delas. . .


quinta-feira, 8 de maio de 2008

Lançamento de Livro - Silêncio dos Amantes - Lya Luft

A escritora Lya Luft vai estar em Belo Horizonte para o debate e lançamento do seu mais recente livro “O Silêncio dos Amantes” (Editora Record). Dia 27 de maio, terça-feira, às 19h30, no Auditório da CEMIG (Av. Barbacena, 1200, Santo Agostinho).

“Sem que eu soubesse, as coisas não ditas haviam crescido como cogumelos venenosos nas paredes do silêncio, enquanto ele ficava acordado na cama, fitando o teto, com o branco dos olhos reluzindo na penumbra. Se eu interrogava, o que você tem amor? Ele respondia que não era nada, estava pensando no trabalho. A gente sabia que era mentira, ele sabia que eu sabia, mas nenhum de nós rompeu aquele acordo sem palavras.Nunca imaginei o mal que o roía.”Em O SILÊNCIO DOS AMANTES, seu retorno à ficção, Lya Luft mais uma vez nos surpreende com histórias ligadas por alguns de seus temas prediletos desde os primeiros livros: a incomunicabilidade e o silêncio entre pessoas que se amam ou deviam se amar, os conflitos familiares, a busca de um sentido da vida, rancores, incompreensão, mas também magia e amor nos relacionamentos.Um casal supera as dores do passado e encontra um novo caminho bastante singular; a rotina não permite enxergar o drama de quem está ao nosso lado; a mágoa e a revolta explodem numa libertação violenta; o preconceito em relação ao diferente pode ser mortal; a superficialidade impede de viver um verdadeiro amor; a morte revela o valor da vida: todos somos tocados pelo mistério. Com coragem e delicadeza, Lya Luft nos provoca a vermos sob um novo prisma o nosso cotidiano, pressentindo a imprevisibilidade, que o torna mais rico. “Ser humano, com toda a miséria e grandeza que isso significa, não é apenas precisar de amparo e consolo, mas também enxergar, abaixo da superfície e atrás das paredes, novas possibilidades de viver e se relacionar.” — completa a autora.


Lya Luft 27/05, terça-feira, às 19h30
Local: Auditório da Cemig (Av. Barbacena, 1.200 – Santo Agostinho).
Entrada gratuita.Divulgação / Sempre Um Papo

Edição digital do primeiro dicionário da língua portuguesa

Resutado da parceria entre o Instituto de Estudos Brasileiros (IEB) e a Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin, foi lançada a edição digital do primeiro dicionário da língua portuguesa: o Vocabulario Portuguez e Latino, de autoria do padre Raphael Bluteau, em dez volumes publicados entre 1712 e 1728, em Coimbra, Portugal. Assim, os livros, que pertencem à biblioteca do IEB, foram preservados, e seu conteúdo tornou-se disponível ao grande público. Composto por quase 44 mil verbetes, o trabalho levou cerca de um ano e meio para ser realizado.

Para consulta acesse: www.ieb.usp.br/online/index.asp

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Fim do Jornal Impresso!

Os jornais que procuram competir com a Internet estão propensos no futuro a se tornarem gratuitos e dar mais ênfase a comentários e opiniões, apontou uma pesquisa com os maiores editores do mundo. O estudo, conduzido pela Zogby International para o World Editors Forum e Reuters, revelou que os editores de jornais impressos ainda estão otimistas sobre o futuro de suas publicações, mas acreditam que terão que se adaptar para a era digital.

Cerca de 86% dos entrevistados acreditam que as redações precisam se integrar mais com serviços digitais, com 60% crendo que a forma mais comum de consumo de notícias dentro de uma década será via mídia eletrônica como Internet ou celulares. "A evolução do quarto poder não é mais questão de se, e sim de como. Os editores sabem a solução: inovar. Integrar. Ou perecer", afirmou o pesquisador John Zogby.De acordo com a pesquisa, 56% dos entrevistados acreditam que a maior parte das notícias, seja via impressa ou online, será gratuita no futuro.

No ano passado, 48% haviam respondido sim à essa questão. Segundo 704 executivos pesquisados, a maior ameaça à indústria era o número cada vez menor de jovens leitores de jornais impressos. Para enfrentar os novos desafios, mais de 30% dos entrevistados gostariam de poder contratar mais jornalistas, enquanto 35% gostariam de treinar os jornalistas que possuem em nova mídia. Cerca de 60% acreditam ainda que algumas funções editoriais tradicionais serão terceirizadas no futuro.

Fonte: Reuters

terça-feira, 6 de maio de 2008


"Há duas palavras que abrem muitas portas: puxe e empurre"


segunda-feira, 5 de maio de 2008

Canibalismo Amoroso

"A palavra canibalismo vem do espanhol canibal, alteração de caribal, caribe, palavra da língua das Antilhas significando 'ousado'. No sentido figurado, a palavra designa o homem cruel e feroz.
Não seria isto apenas a metade da verdade, já que o canibal ama tanto o seu próximo,
que o come – e não come senão aquilo que ama?"
-André Green
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