quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Meus 67 mil amigos
Desde 1960 ele faz sucesso, meio século depois consegue atrair uma manada de indies, avós, netos, grunges, loucos, todos se rendem à mágica trajetória de Sir Paul McCartney e seu charme inegável. Com a estranha sensação que aquilo era surreal, sabia que todas as 67 mil pessoas no estádio do Morumbi naquele domingo memorável compartilhavam este sentimento de respeito e de total entrega.
Ele entrou no palco no horário, 9h30, de paletó azul e suspensórios. Descobrimos um Paul brincalhão, cheio de graça e que com 70 dava mostras de energia de 2 rapazinhos de 20. Sem parar para beber água, descansar ou qualquer outra estripulia estrelística que os artistas estão acostumados. O ex-beatle foi um gentleman! Realizou 3 horas de show ininterruptas. Atencioso com seu público, o cantor tentou apresentar as músicas em português, dizendo “olá!” e perguntando se estava tudo bem.
Com um palco de mais de 60 metros de altura, show pirotécnico, dois telões enormes e nítidos, para os fãs que estavam mais longe do palco não perderem nenhum detalhe. McCartney tocou 37 músicas. Abriu com a linda “Venus and Mars”, da sua carreira pós-Beatles. O Morumbi quase desabou quando McCartney começou a cantar “All my loving”. A emoção ia crescendo, senhoras chorando, homens chorando e eu me desabando em lágrimas, assim que o público apareceu com milhares de balões brancos sendo balançados ao som da linda “Give the peace a chance”, emendada poderosamente com “And I love her”, “Black bird” e “Eleanor Rigby”.
Mas o ápice foi ver aquele lendário pianinho colorido entrar no palco. Meu corpo se paralisou, ele ia tocar ela. Meu pai me ninava com essa música, eu ia participar de um coro de 67 mil vozes. Então ele se sentou e começou em um momento de total surrealismo e beleza a tocar “Hey Judy”. Neste momento é possível entender o poder que uma canção tem. Escutar “Hey Judy” ao vivo ficará marcado entre os melhores dias da minha vida. Nanananana.nanana hey Judy.
Depois de ficar com um rombo incalculável no meu cartão de crédito, enfrentar uma fila quilométrica para assistir ao show e pagar 8 reais em dois copos de água dentro do estádio (o que convenhamos é um abuso), posso dizer feliz: Valeu a pena! 21 de novembro de 2010, Up and Coming, turnê mundial do Paul MacCartney, um evento existencial.
* Michelle Horovits, Brasília-DF, é jornalista e produtora de TV.
Fonte: http://www.amalgama.blog.br/11/2010/meus-67-mil-amigos/#commentform
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
A escassez da arte da gentileza
terça-feira, 10 de agosto de 2010
O eterno fim do livro
jornalistas, que me perguntam isso há 15 anos. Mesmo eu tendo escrito
um artigo sobre o tema, continua o questionamento. O livro, para mim,
é como uma colher, um machado, uma tesoura, esse tipo de objeto que,
uma vez inventado, não muda jamais. Continua o mesmo e é difícil de
ser substituído. O livro ainda é o meio mais fácil de transportar
informação. Os eletrônicos chegaram, mas percebemos que sua vida útil
não passa de dez anos. Afinal, ciência significa fazer novas
experiências. Assim, quem poderia afirmar, anos atrás, que não
teríamos hoje computadores capazes de ler os antigos disquetes? E que,
ao contrário, temos livros que sobrevivem há mais de cinco séculos?
Conversei recentemente com o diretor da Biblioteca Nacional de Paris,
que me disse ter escaneado praticamente todo o seu acervo, mas manteve
o original em papel, como medida de segurança."
Veja a entrevista completa em:
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=581AZL001
quinta-feira, 22 de julho de 2010
Prá você guardei o amor - Nando Reis
Pra você guardei o amor
Que nunca soube dar
O amor que tive e vi sem me deixar
Sentir sem conseguir provar
Sem entregar
E repartir
Pra você guardei o amor
Que sempre quis mostrar
O amor que vive em mim vem visitar
Sorrir, vem colorir solar
Vem esquentar
E permitir
Quem acolher o que ele tem e traz
Quem entender o que ele diz
No giz do gesto o jeito pronto
Do piscar dos cílios
Que o convite do silêncio
Exibe em cada olhar
Guardei
Sem ter porque
Nem por razão
Ou coisa outra qualquer
Além de não saber como fazer
Pra ter um jeito meu de me mostrar
Achei
Vendo em você
E explicação
Nenhuma isso requer
Se o coração bater forte e arder
No fogo o gelo vai queimar
Pra você guardei o amor
Que aprendi vendo meus pais
O amor que tive e recebi
E hoje posso dar livre e feliz
Céu cheiro e ar na cor que arco-íris
Risca ao levitar
Vou nascer de novo
Lápis, edifício, tevere, ponte
Desenhar no seu quadril
Meus lábios beijam signos feito sinos
Trilho a infância, terço o berço
Do seu lar
Guardei
Sem ter porque
Nem por razão
Ou coisa outra qualquer
Além de não saber como fazer
Pra ter um jeito meu de me mostrar
Achei
Vendo em você
E explicação
Nenhuma isso requer
Se o coração bater forte e arder
No fogo o gelo vai queimar
Pra você guardei o amor
Que nunca soube dar
O amor que tive e vi sem me deixar
Sentir sem conseguir provar
Sem entregar
E repartir
Quem acolher o que ele tem e traz
Quem entender o que ele diz
No giz do gesto o jeito pronto
Do piscar dos cílios
Que o convite do silêncio
Exibe em cada olhar
Guardei
Sem ter porque
Nem por razão
Ou coisa outra qualquer
Além de não saber como fazer
Pra ter um jeito meu de me mostrar
Achei
Vendo em você
E explicação
Nenhuma isso requer
Se o coração bater forte e arder
No fogo o gelo vai queimar
P.S>Recebi esta canção de uma pessoa muito especial, dedicada a mim, e desde então, não consigo parar de ouvi-la, pois com sua letra e melodia toda poética, me encantou.
Foto by Rafaela
segunda-feira, 19 de julho de 2010
quinta-feira, 15 de julho de 2010
quarta-feira, 30 de junho de 2010
O que ando lendo quando estou parada
sexta-feira, 18 de junho de 2010
Homenagem
quinta-feira, 22 de abril de 2010
Choro
sexta-feira, 16 de abril de 2010
sexta-feira, 12 de março de 2010
12 de março - Dia do Bibliotecário
1. Porque todo estudante precisa um guia humano inteligente.
2. Porque os pesquisadores preferem livros.
3. Porque o universo de sites Web é um campo especial para profissionais
da catalogação.
4. Porque os bibliotecários sabem prover um acesso adequadamente
organizado a todo tipo de material digital.
5. Porque os bibliotecários sabem aproveitar as vantagens das novas
tecnologias da informação.
6. Porque os bibliotecários protege nosso direito ao acesso à informação.
7. Porque os bibliotecários de referência podem prover técnicas de
pesquisa eficientes para cada usuário.
8. Porque os bibliotecários podem ajudar a desenvolver o prazer da leitura
9. Porque os bibliotecários sabem a diferença entre o Google e a coleção
de referência da biblioteca
10. Porque os bibliotecários querem atender não apenas as necessidade de
leitura mas também as necessidades sociais dos usuários
11. Porque os bibliotecários são parte do que ha de melhor na sociedade
e eles podem propor novas idéias e soluções
12. Porque na inteligência artificial ainda não existem softwares de
empatia humana.
segunda-feira, 8 de março de 2010
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
Conselhos
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
Como justificar a sua biblioteca
- NOSSA! Quantos livros! Já leu todos?
Antes, a constatação de Eco:
No início, eu achava que esta frase só fosse pronunciada por pessoas de escassa intimidade com o livro, acostumadas a ver apenas estantezinhas com cinco livros policiais e mais uma enciclopédia infantil em fascículos. Mas a experiência me ensinou que também é pronunciada pelas pessoas mais inesperadas. Pode-se dizer que se trata quase sempre de pessoas que concebem as estantes como mero depósito de livros lidos e não a biblioteca como instrumento de trabalho, mas isto não bastaria. Estou convencido de que, quando se vê diante de muitos livros, qualquer pessoa é tomada pela angústia do conhecimento, e fatalmente resvala para a pergunta que exprime seu tormento e seus remorsos.
Portanto, seguem as possíveis respostas à pergunta. Umas são retiradas da crônica do autor italiano e outras de minha lavra:
NOSSA! QUANTOS LIVROS! JÁ LEU TODOS?
- Não. Não li nenhum deles. Por que eu guardaria livros que já li?
- Sim. Li estes e muitos mais. Estes e MUITOS mais.
- Não. Estes são os da semana que vem.
- Claro que não. Esta é minha criação particular de traças.
- Na verdade, pretendo usá-los em uma fogueira.
- Livros? Que livros?
- Isto? É onde anoto o meu caixa 2.
- Claro que li. Cinco vezes cada um.
- Ei! Como isso veio parar aqui?
- Não soube? Estou alugando este cômodo para a Biblioteca Nacional.
- Claro que não li. Acaso não sabe que sou analfabeto?
- (Jogando os livros na visita) Eu só os uso para afastar estranhos.
- (Fazendo malabarismos) É que pretendo entrar para o circo com um número exótico.
- É o que minha filha usa para treinar a postura. Você sabe… ela coloca uma pilha de uma dessas coisas na cabeça e sai andando pela casa.
- Ler? Não. Eu uso isso para secar flores.
- São meramente decorativos, meu caro. Meramente decorativos.
- Ah! Estas coisas todas são livros? Não foi isso que me disseram…
- Não sei. Eles já estavam aí quando comprei a casa.
- Não. Não li. Ouvi. Eles já vem com mp3 embutido.
- Não. Não li. Escrevi todos.
- Na verdade, estes são os processos a que estou respondendo atualmente.
- Li um, mas como não tinha figurinhas desisti dos outros.
- Meu amigo… com internet quem precisa ler tudo isso?
- Claro que não li. Apenas abri um sebo.
- É que estou ajudando o Google a digitalizar obras.
- Não estou lendo. Estou atualizando a ortografia de todos eles.
- Não li e não lerei. Entrei para o ramo da reciclagem e todos estes aí vão virar papel higiênico.
- Não li. Apenas conferi se as páginas de todos eles estavam em ordem.
- Isto? É o material escolar do meu filho…
- É que, no Natal, minhas tias só me dão essas velharias.
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